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MATÉRIAS SOBRE SÃO PAULO


Nas baladas da Rua Augusta

Jorge Tadeu da Silva

Se você está em São Paulo e em busca de bares, casas noturnas ou descolar alguém para um programinha, a pedida é uma circulada pela Rua Augusta e suas imediações.

Na famosa rua, que começa em um dos bairros mais elegantes da capital paulista e termina no centro da cidade, todos estão em busca de diversão. Não necessariamente sexo, mas se for sua opção, o local é propício.

Cruzando a Avenida Paulista, na direção do Centro, o movimento começa a aumentar. Algumas meninas na calçada chamam a atenção, mas o movimento fica mais agitado entre as ruas Peixoto Gomide e Dona Antônia de Queiroz, onde existem vários bares e casas noturnas. 

Uma figura pitoresca da rua é o “laçador”, que percebe a indecisão de quem por ali caminha e ainda não escolheu sua opção de lazer. Com uma abordagem sedutora, tenta fazer com que sua boate seja a escolhida.

Dentro das casas, as garotas circulam pelo salão à procura de um cliente. São garotas de todos os tipos e para todos os gostos, muitas delas universitárias oriundas do interior do Estado “fazendo um bico” para pagar a mensalidade (na verdade chegam a faturar em torno de cinco mil reais por mês).

Se você não quer gastar muita grana, recomendo que antes de entrar nas boates da região, procure os barzinhos ou restaurantes próximos, se abasteça e depois vá a luta. Com certeza vai sair mais barato.

Prepare-se: enquanto você assiste aos shows, musicais, strip-teases e outras performances, a mulherada vai ao ataque. Os freqüentadores da Augusta variam bastante: um ou outro executivo, alguns estrangeiros e muitos jovens. Inevitável, as meninas da rua marcam presença. Algumas trabalham no Photo (a mais famosa casa de programas de São Paulo), mas às vezes vão para a Augusta.

A rua e seu entorno tem muito a oferecer, basta disposição para circular pelos quarteirões e encontrar, além das casas noturnas, bares, restaurantes, cinemas e teatros, depende das suas “intenções”...

Casas Noturnas – Rua Augusta

Biblos – Ponto infalível da Augusta. Sem surpresas é sempre uma boa opção, mesmo naqueles dias mais fracos (domingo, segunda e terça). A quinta-feira geralmente reserva surpresas com garotas convidadas e sorteios de bebidas. Uma boa pedida!

Caribe – Entrando na casa, o que mais se destaca é o chão “optical”, com os quadrados multicoloridos que acendem, à la “Staying Alive” e outras séries dos anos 70. O serviço é muito bom, com garçonetes simpáticas e atenciosas, e as garotas também são ponto forte, bonitas e em bom número.

Casarão – Tradicional casa da Augusta. Lá dentro a regra é ter paciência, já que é possível encontrar desde mulheres fracas até lindas. Atenção especial ao quadro decorativo com o desenho de um veado numa das paredes, muito estranho para um night club. O som da casa é bom e garante até uma baladinha. 

Emanuelle – Não é uma das grandes casas da Augusta, mas impressiona pelo ótimo atendimento e equipamentos sonoros bons e novos. Faltam garotas, mas sobra simpatia delas e dos funcionários. Com uma boa negociação, a entrada além de barata pode garantir um VIP para outra casa. 

Kiss – A primeira coisa que se destaca é o grande pé direito e o espaço amplo, sem paredes. Muitas garotas, às vezes atraentes, outras não. Mas a casa prima pelo som, de qualidade, melhor do que de muitas baladas por aí. 

Maison – Uma das poucas casas em que, dependendo do dia, pode-se conhecer de graça. O ar decadente chama atenção, dando um clima de “film noir”. Muitas meninas, poucas atraentes, mas lembre-se que a entrada tem sempre preços muito acessíveis.

Nova Maison – Muito semelhante à Maison, sendo vizinha da mesma, tendo os mesmos atrativos, sendo que a casa é maior e com menos garotas. No fundo, no fundo, mais do mesmo.

Night Hause – Casa sem grandes facilidades na entrada (preços e consumação fora de negociação), mas cada centavo vale a pena pelas belas garotas que a casa possui. Por fora a casa parece mais um night club com uma grande porta de madeira (como várias na Augusta), mas a surpresa lá dentro é muito boa. O ambiente é gostoso, com uma divisão bem interessante, com cadeiras de madeira espalhadas onde ficam algumas garotas, num clima mais tranqüilo sem música alta.

 

Fevereiro / 2002
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