A vida mudou, a área ganhou muito
verde, lazer, educação e cultura. O Parque da Juventude está sempre cheio
de gente que passeia, namora, contempla. O cenário do horror da Casa de
Detenção do Carandiru virou um espaço de liberdade.
Os
fantasmas do maior complexo penitenciário da América Latina, o Carandiru,
deixaram de assombrar a região da Vila Guilherme, Zona Norte de São Paulo.
A Casa de Detenção, conhecida por bandidos famosos, rebeliões e massacres
– como a morte de 111 detentos em outubro de 1992 --, foi substituída por
uma ampla área verde, o Parque da Juventude, com instalações voltadas ao
esporte, ao lazer e à cultura. Sentimentos de angústia e clausura que
invadiam o local anteriormente agora dão lugar ao conhecimento e à
liberdade.
O projeto
de desativação da Casa de Detenção do Carandiru resultou na implantação de
um parque com aproximadamente 95 mil metros quadrados. A nova área de
lazer fica em um local de grande acessibilidade (metrô, ônibus e
terminais), o que beneficia não apenas a população da Zona Norte, mas toda
a população da Região Metropolitana de São Paulo.
O parque conta com uma área central com
extensa vegetação nativa que abriga um viveiro, passeios, ciclovias e um
anfiteatro; uma área esportiva com quadras e outros equipamentos. Os
visitantes podem, ainda, praticar o arvorismo, modalidade de esporte que
permite andar pelas árvores em caminhos suspensos.
No Parque
são promovidas várias oficinas culturais, de contadores de histórias, além
de noções de jardinagem, recreação circense, dança e arte em sucata.
O projeto inicial previa a reurbanização de
toda a área do complexo penitenciário (de 427 mil metros quadrados).
Porém, o poder público decidiu desativar apenas os blocos da Casa de
Detenção e manter em funcionamento a Penitenciária do Estado, o Centro de
Observação Criminológica e a Penitenciária Feminina, que constituem um
terço da área total.
Nem tudo
foi destruído. Algumas edificações do antigo presídio foram preservadas
como referencial histórico. As antigas passarelas de 300 metros de
extensão e a muralha de sete metros de altura, construída para servir de
posto de vigilância, também permaneceram. A natureza se encarregou de
modificar a paisagem: cobriu de plantas as construções inacabadas e
abandonadas, criando zonas sombreadas e aspectos de ruínas.
Serviço:
Endereço: Avenida Zachi
Narchi, 1309 - Zona Norte – Tel: (11) 3241-5925
Horário: segunda a domingo,
das 7h às 20h. |