O projeto de reforma da marginal
Tietê prevê a construção de oito novas faixas de tráfego, quatro de cada
lado do rio. Parceria entre a Prefeitura de São Paulo e o Estado, a obra
está orçada entre R$ 800 milhões e R$ 1 bilhão. A idéia é lançar o edital
em 2007, quando os estudos devem ser finalizados.
Para
viabilizar o projeto, a construção das novas pistas deve ser repassada à
iniciativa privada na forma de concessão. As empresas seriam compensadas
com a cobrança de pedágio urbano – o primeiro do país. Só pagariam os
motoristas que utilizassem as novas faixas expressas.
Na
prática, os 24,5 km da marginal, por onde circulam 750 mil veículos por
dia, passariam a ter 11 faixas em cada sentido – quatro locais, três
semi-expressas e quatro expressas. Hoje, há sete faixas na maior parte da
via.
Para ampliar o número de faixas na marginal, será necessário
utilizar parte do canteiro central – que perderia árvores recém-plantadas
na reforma da calha do rio, projeto antienchente que consumiu R$ 1 bilhão
dos cofres públicos – e também desapropriar imóveis junto à pista
local.
Os
estudos para a implantação do pedágio urbano na marginal Tietê indicam que
o valor da tarifa irá depender do quilômetro rodado. Isto é, um veículo
que rodar por toda a extensão (24,5 km) da via pagará a tarifa cheia. O
motorista que utilizar apenas parte da marginal pagará menos. O projeto da
reforma da marginal indica que o preço do pedágio variaria de R$ 0,50 a R$
3,50, se fosse implantado hoje.
Urbanistas
reagem com preocupação, já que pelo projeto, uma área de 600 mil m2
deixaria de ser permeável, ocasionando um maior número de enchentes na
região..
.
|