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MATÉRIAS SOBRE SÃO PAULO


Inverno em SP, curtição no alto da montanha

Jorge Tadeu da Silva

Pertinho de São Paulo, montanhas pontilhadas com araucárias e cortadas por rios de águas transparentes abrigam cidades onde o inverno é mais gostoso. São as estâncias climáticas de Campos do Jordão, Santo Antônio do Pinhal e Cunha. Em comum, elas têm a paisagem, o ar puro e temperaturas que, à noite, caem abaixo de zero.

Campos do Jordão – Terra da badalação e do consumo

Dá até para ficar estressado com tanta coisa boa que se pode fazer em Campos do Jordão nesta época do ano. Festival de Inverno, degustações de vinhos e queijos, feira de chocolate, festas juninas, copa de tênis, leilões de arte... Há eventos para todos os gostos. Restaurantes badalados de São Paulo montam suas filiais na fervida Vila Capivari. Danceterias temporárias promovem noites concorridas.

No comércio turbinado para a temporada, pode-se experimentar o que existe de melhor e mais novo no mercado. São promovidas degustações de carne de carneiro, salmão, queijos, patês e presuntos importados nos Festivais de Gastronomia, onde uma sommelière indica os vinhos mais apropriados para acompanhá-los.

Para quem pretende curtir o agito das danceterias e dos barzinhos, o melhor é hospedar-se perto do centrinho. À noite, o trânsito, insuportável, faz com que seja praticamente impossível sair de carro.

Santo Antônio do Pinhal – Ponto privilegiado da Mantiqueira

Não dá para acreditar que se encontre tanta calmaria a cerca de meia hora de Campos do Jordão. Pontilhados por araucárias e trechos de mata fechada, os morros de Santo Antônio do Pinhal abrigam pousadas confortáveis, com um cenário privilegiado, a preços bem mais acessíveis que os praticados na cidade vizinha. Em geral, oferecem trilhas e até cavalgadas dentro das propriedades. Das varandas avistam-se a Pedra do Baú e o Pico Agudo, principal ponto turístico da cidade, com sua rampa de vôo livre. Ali é possível fazer cursos ou vôos panorâmicos com um instrutor. O passeio pelos ares dura entre 15 minutos e uma hora, dependendo das condições atmosféricas.

Cunha – Arte a caminho do mar

Entre a Serra da Bocaina e a do Mar, no caminho que liga Guaratinguetá a Parati, Cunha é um ótimo lugar para curtir o frio da montanha sem gastar muito. As pousadas e os passeios agradam a crianças, jovens e adultos. O Núcleo Cunha-Indaiá do Parque Estadual da Serra do Mar oferece duas trilhas gratuitas. A mais fácil, ao longo do Rio Paraibuna, passa por diversas cachoeiras. Os mais aventureiros podem escolher a segunda opção e embrenhar-se pela mata primária. Não saia de Cunha sem visitar pelo menos um ateliê de cerâmica. Em julho, os artistas promovem queimas abertas ao público. É um espetáculo deslumbrante. Peças incandescentes saem de fornos com temperaturas superiores a 1.000 graus.

Julho / 2003
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