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MATÉRIAS SOBRE SÃO PAULO


Exposição China
Guerreiros de Xi’An e os Tesouros da Cidade Proibida

Jorge Tadeu da Silva

Desde o dia 21, São Paulo, no Pavilhão da Oca, no Parque do Ibirapuera, recebe significativos vestígios de uma história que começou há 5 mil anos. A China e suas dinastias são revistas em cerca de 450 peças que compõem a exposição“Guerreiros de Xi’An e os Tesouros da Cidade Proibida”.

Ocupam lugar de honra os 11 guerreiros em terracota acompanhados de dois cavalos, que foram produzidos mais de dois séculos antes de Cristo. As peças, em tamanho natural, estão perfiladas dentro de vitrines no subsolo do prédio. Essa é a primeira vez que esse número de guerreiros viaja para fora da China.

Na mostra, há dois núcleos: um reúne peças do museu situado dentro da Cidade Proibida, em Pequim, e outro apresenta objetos da província de Shanxi, onde foram descobertos os guerreiros.

No segundo andar, onde começa o percurso proposto pela curadoria, o trono imperial em laca vermelha determina o caráter suntuoso das peças ali expostas. Estão no espaço quatro sinos de grandes dimensões, trajes de soldados e da família imperial, jóias e retratos.

Logo abaixo, destacam-se peças de uso cotidiano e curiosidades. Em razão de os imperadores serem colecionadores, há entre as peças relíquias, como bronzes e cerâmicas. O térreo mostra principalmente objetos decorativos (vasos, estatuetas etc.), emprestadas de Shanxi e que passam por diversas dinastias.

Estátuas pouparam os soldados

O exército que acompanharia o imperador Qin Shi Huangdi após sua morte na então capital, Xi’An (1.200 km de Pequim), começou a ser produzido em 246 a.C.. Quando ele morreu, 36 anos depois, a empreitada ainda não tinha sido concluída.

As imagens produzidas em terracota (argila cozida) salvaram a vida de milhares de guerreiros, que antes eram enterrados junto com o imperador.

A perfeição do conjunto é espantosa: são cerca de 7 mil estátuas em tamanho natural, com feições distintas, paramentadas de acordocom suas patentes e acompanhadas de cavalos e armamentos em bronze.

Os guerreiros foram encontrados enfileirados numa espécie de trincheira de 60m por 230m, enterrados a quatro metros de profundidade.

A descoberta do sítio arqueológico, que fica a 1,5 km da tumba do imperador, aconteceu em 1974, quando camponeses escavavam um poço artesiano.

Foram recuperadas até agora mil peças, que passaram por tratamento para combater fungos que ameaçavam sua integridade.

Guerreiros de Xi’na e os Tesouros da Cidade Proibida


Oca (Avenida Pedro Álvares Cabral, s/nº, portão 2, Parque Ibirapuera, região sul, tel. 3253-7007). Terça a sexta-feira de 9h às 21h. Sábado e domingo de 10h às 21h. Até 18/5.
Ingressos: R$ 3,50 e R$ 7. Estacionamento grátis. Aceita cheque. Acesso a deficientes. Ar-Condicionado. 

Dicas


* Prefira os primeiros dias. Ao longo das semanas, o público costuma aumentar.
* Os horários mais tranqüilos devem ser de segunda a sexta-feira, entre 11h e 13h30 e depois das 19h. Nos finais de semana, vá antes do meio-dia.
* Se quiser fugir das visitas escolares, opte por ir depois das 19h15 ou sábado à tarde, quando os grupos não entram.
* Reserve 90 minutos para a visita e leve um agasalho (a
temperatura no interior da Oca fica entre 18ºC e 22ºC).

 

Março / 2003
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