As melhores obras
desta Bienal são a instalação de Pascale Marthine Tayou, representando
Camarões; a obra do brasileiro Daniel Acosta; a videoinstalação de Willie
Doherty, da Inglaterra; a obra “Cromosaturación” do veterano Carlos
Cruz-Diez, da Venezuela; a sala especial do fotógrafo alemão Andreas
Gursky; a instalação do casal chinês Huang Yong Ping e Shen Yuan, na 12ª
cidade, que monta uma favela dentro de uma bola do Congresso
Nacional.
Desde que surgiu, em 1951,
a Bienal Internacional de São Paulo vem cumprindo duas funções no
calendário das artes plásticas: ser vitrine para novidades estéticas e
apresentar ao público brasileiro a produção de artistas do passado. A 25ª
Bienal quebra essa tradição. Ela não terá o chamado núcleo histórico. A
justificativa de seus organizadores é que, em qualquer parte do mundo,
eventos com perfil semelhante se têm concentrado na produção de vanguarda.
Caberia aos museus a tarefa de realizar retrospectivas.
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Vanessa
Beecroft |
Para explicar o perfil
da 25ª Bienal é preciso levar em conta outro fator, bem mais prosaico:
dinheiro. O evento sofreu dois adiamentos consecutivos. Em 2000, para dar
lugar à Mostra do Redescobrimento. No ano passado, sob a alegação de que o
pavilhão do Parque do Ibirapuera, onde ela é realizada, precisava de
reformas. Além disso, dos 18 milhões de reais da meta orçamentária, apenas
8 milhões haviam entrado em caixa até o dia da abertura ao público. Pela
primeira vez na história da megaexposição, a curadoria ficou a cargo de um
estrangeiro, o alemão Alfons Hug. Ele escolheu um tema para amarrar a
mostra: Iconografias Metropolitanas. A intenção é discutir o papel da arte
em meio à vida das grandes cidades. Ao lado das tradicionais
representações nacionais, que vão do Senegal à Croácia, há 11 seções cujo
mote são metrópoles como São Paulo, Nova York, Pequim e Caracas. Uma 12ª
seção tem o nome de Cidade Utópica, na qual há obras que procuram
vislumbrar uma metrópole ideal.
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Julião
Sarmento |
Pavilhão da
Bienal – Parque do
Ibirapuera, região sul, São Paulo, SP
Tel. (11) 5574-5922 r.
264 . Ter. a sex.: 13h às 22h. /
Sáb. e dom.: 10h às 22h.
Ingresso a R$ 12,00
(menores de 6 e maiores de 65 anos grátis)
Estacionamento grátis,
acesso a deficientes e ar-condicionado
Tem local para comer e
faz visita monitorada.
Vai até 02 de Junho