Nova
descoberta dos Paulistanos: a Grappa Destilado
à italiana – A
aguardente de uva consumida como digestivo
Jorge
Tadeu da Silva
Para suportar o
frio intenso, os camponeses que trabalhavam aos pés dos Alpes
italianos e nas planícies abaixo de Veneza contavam com um forte
aliado: uma aguardente de uva barata e de alta graduação alcoólica
conhecida como grappa ou, para alguns, graspa. Cerca de 200 anos
depois, é o destilado mais famoso da Itália.
No Brasil, a bebida começou
colecionando adeptos entre os freqüentadores de alguns restaurantes
mais sofisticados, e aos poucos vem ganhando apreciadores em outros
locais.
Não sem razão, a bebida é
também conhecida pelo nome de bagaceira – sua matéria-prima é o
bagaço da uva usada para fazer a mais nobre das bebidas italianas,
o vinho. Logo depois que vinho e bagaço se separam, cascas, polpas
e sementes remanescentes da prensagem são submetidas a um processo
de destilação a vapor em pequenos alambiques de cobre, por um
período entre três e seis horas.
O resultado é uma bebida forte
– seu teor alcoólico varia de 40% a 50%, semelhante ao da
cachaça brasileira – e transparente, que na Itália costuma ser
misturada ao café ou servida como digestivo. Aqui, em geral, é
degustada pura, em pequenos cálices, em temperatura ambiente.
A grappa italiana traz no rótulo
a variedade de uva usada na elaboração da bebida, seguindo o
critério adotado para os vinhos. As mais sofisticadas são “nebbiolo”,
“barbera”, “sangiovese”, “arneis”, “moscato” (uma
das preferidas, por causa do perfume), “brunello” e “picolit”.
As garrafas, de diferentes formatos (obeliscos,
pirâmides) e tamanhos, tornaram-se um atrativo à parte e são
disputadas por colecionadores. O preço das marcas italianas
disponíveis no mercado variam de pouco mais de R$ 40,00 a quase R$
200,00.
Mas a grappa não é
exclusividade dos vinhedos italianos. A produção de Portugal, onde
é chamada de bagaceira, chega ao país por cerca de R$ 50,00; a da
França, onde é conhecida como Marc, a R$ 80,00.
No Brasil, a bebida mantém o
nome italiano, principalmente no Sul, mas também se usa o termo
bagaceira. A nacional Canei, produzida na região de São Roque, em
um alambique importado de Portugal, é vendida a R$ 20,00 a garrafa
(720 ml).
DICAS
DE COQUETÉIS:
ATLANTIC
Ingredientes *
1 dose de grappa * 1/3 de dose de licor de kiwi * 1/4 de dose
Curaçao Blue * 1 dose de suco de abacaxi * 1/2 dose de
champanhe para completar Preparo Coloque
todos os ingredientes, menos o champanhe, em uma coqueteleira com
gelo. Bata bem. Complete com o champanhe. Decore com rodela de kiwi,
cereja e folha de hortelã.
OCEAN
RED
Ingredientes *
1 dose de grappa * 1/3 de dose de
Malibu * 3/4 de dose de suco de laranja * 1 porção de morangos
frescos batidos * Gotas de
groselha Preparo Coloque a
grappa, o Malibu e o suco de laranja em uma coqueteleira. Despeje a
mistura para o copo. Bata o morango no liqüidificador. Complete o
copo adicionando a groselha em seguida. Decore com laranja, cereja e
canudo.
As
Grappas disponíveis no mercado brasileiro (preço médio em
Reais)
Fantinel Barone Rosso 700
ml Graduação: 41% Preço: R$ 47,43 |
Bianca Lis Radris 700
ml Graduação: 41 % Preço: R$ 41,07 |
Fantinel Monte Cristo 700
ml Graduação: 41% Preço: R$ 47,43 |
Di Brunello – Val di Suga 500
ml Graduação: 45% Preço: R$ 117,80 |
Onde
encontrar em São Paulo:
Bacco's. Shopping Iguatemi, piso
térreo, tel. 3812-2488, e rua Sergipe, 568, tel. 3661-7898. Vinho
& Cia. Rua Padre Antônio José dos Santos, 554, Brooklin, tel.
5535-3430.
Outros estados: nas importadoras de
bebidas
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