Champanhe:
a bebida do
Ano Novo
Jorge
Tadeu da
Silva
"Champagne
é feito
para dar
prazer tanto
a reis de
bom gosto
como a
plebeus de
nobre |
"A
única
bebida alcoólica
que não
afeta a
beleza das
mulheres."
|
Madame
de Pompadour,
amante do
rei Luís
XV.
|
Dezembro,
Natal,
Reveillon,
nenhuma
bebida
combina mais
com essas
datas do que
o champanhe.
Presente
também em
outras ocasiões
festivas e
românticas,
hoje não
precisamos
sacrificar
nossos
bolsos atrás
de marcas
importadas
para beber
um produto
de
qualidade. O
Brasil já
produz
champanhe
com excelência
na região
sul do país,
tendo até
uma “terra
da
champanha”,
que é
Garibaldi no
Rio Grande
do Sul.
Teoricamente
não deveríamos
usar o nome
“champanhe”
para a
maioria dos
espumantes
que bebemos,
não ser ao
elaborado
sob condições
especiais na
região de
Champagne,
na França.
Os mais
“puristas”
costumam
informar
–corretamente-
que conforme
as normas
internacionais,
este nome
corresponde
a uma
Denominação
de Origem
(como o
Cognac) e
citam sempre
a frase:
" Todo
Champagne é
um
Espumante,
porém nem
todo
espumante é
Champagne".
Mas
deixemos
esse detalhe
de lado, já
que está
mais do que
incorporada
ao nosso
vocabulário
a palavra
champanhe ou
champanha
como sinônimo
de
espumante.
A
História
Os
vinhos com
"presença
de gás"
já eram
conhecidos
no início
do século
XVIII.
Originados
da França e
destinados
ao mercado
inglês,
eram vinhos
que
resultavam
de resíduos
de açúcar
involuntários
que
fermentavam
nas garrafas
durante a
viagem.
Certa
vez, em
Abadia de
Hautvillers,
cidade próxima
de Epernay
no coração
de
Champagne,
Dom
Perignon,
Monge da
adega,
esqueceu
algumas
garrafas de
vinho com
resíduos de
açúcar.
Quando
verificou
que estavam
estourando,
provou o
vinho e
disse:
"Estou
vendo
estrelas".
Se
essa
manifestação
se originou
pela sensação
de beber o
magnífico
produto novo
ou se pela
embriaguez,
não se sabe
ao certo.
Certo é que
Dom Perignon
deu uma
contribuição
importantíssima
para a
origem do
Champanhe.
Ele criou um
dos maiores
segredos da
qualidade
dos
espumantes
naturais; a
técnica de
misturar
pequenas
parcelas de
vinho, de
diferentes
parreiras,
chamada
assemblage.
Ele
também
substituiu
as tampas de
pano por
rolhas de
cortiça e
idealizou
uma garrafa
mais
resistente.
O
uso de
pupitres,
utilizados
até hoje
para remover
os depósitos
de leveduras
até a boca
da garrafa,
foi criado
pela viúva
Clicquot. Viúva
herdeira da
famosa casa
da cidade de
Reims que
junto com
Epernay,
formam as
cidade mais
importante
da região
de
Champagne.
Como
todas as
histórias
que
reivindicam
para si a
autoria da
criação
das bebidas,
o Champanhe
ou espumante
não seria
diferente.
Limoux, região
no Sul da
França,
autora de
grandes
espumantes,
como os finíssimos
Crèmant de
Limoux e
Blanquette
de Limoux
resolveu
entrar nessa
briga. Eles
alegam que o
Blanquette
é
reconhecido
como o
espumante
mais antigo
do mundo,
produzido
desde 1531.
E que a
autoria do método
de fermentação
na garrafa,
chamada de
Champenoise,
é atribuída
ao conjunto
de frades do
Monastério
de Limoux.
Relatam a
existência
de
documentos
que
registram a
passagem de
Dom Perignon
por Limoux.
O Monge
teria ido lá
aprender a técnica
112 anos após
a descoberta
do método
"tradicional".
Como
é feito o
champanhe
Espumante
natural é o
produto no
qual o
anidrido
carbônico
(borbulhas)
é
resultante
de uma
segunda
fermentação
alcoólica
do vinho, em
grandes
recipientes
(método
Charmat) ou
na própria
garrafa (método
Champenoise),
com uma
pressão mínima
de 4
atmosferas a
20 graus C e
com um conteúdo
alcoólico
de 10 a 13%
em volume. A
diferenciação
dos
espumantes
em relação
aos vinhos
começa na
colheita. As
uvas são
retiradas
precocemente
da parreira
em baixas
temperaturas,
para
preservar a
alta acidez.
Fator
importante
para
conseguir o
frescor
desejado
dessa
bebida.
O
mosto-flor,
o suco que
flui
livremente
das uvas sem
pressão
externa, que
não o peso
da colheita,
é o que vai
fermentar
para se
transformar
em
vinho-base.
Essa
fermentação
é feita em
barris de
carvalho ou
tanques de aço.
Após
essa
primeira, o
vinho-base
vai para uma
segunda
fermentação
pelo método
Charmat ou
Champenoise.
Esta segunda
fermentação
provocada
(uso de
leveduras)
é feita em
reservatórios
especiais,
para agüentar
a pressão
(autoclaves)
ou na própria
garrafa de
comercialização,
formando o
anidrido
carbônico
responsável
pela formação
das
borbulhas,
espuma e o
movimento de
"estouro"
do
champanhe.
Porém o
verdadeiro
segredo da
qualidade de
um espumante
está no
componente
que é a
base da solução:
o Vinho.
O
próximo
passo é o
processo
chamado
Remuage des
Bouteilles,
que consiste
em dar
sucessivos
giros curtos
nas
garrafas,
que provocam
a precipitação
dos resíduos
resultante
da segunda
fermentação.
A operação
das
leveduras
leva o
removido até
a boca da
garrafa,
para depois
ser
eliminado.
Uma
meticulosa
operação
em que no
momento
exato, as mãos
sensíveis
de
profissionais
especializados
vão girando
cada garrafa
alguns milímetros.
O sedimento
é removido
do gargalo
por dégorgement,
que consiste
em passar o
gargalo por
uma solução
de
congelamento.
Quando a
tampa é
retirada, o
sedimento é
forçado
para fora
pela pressão
interna. A
garrafa pode
ser
completada
com uma
dosagem de
vinho e açúcar.
A etapa
final é o
envelhecimento,
que
geralmente
leva mais de
um ano.
Conforme
a concentração
de açúcar
a classificação
dos
Champanhes
recebem as
seguintes
designações:
-
Extra-Brut:
totalmente
seco.
-
Brut:
de seco
a muito
seco.
-
Extra-Sec:
classificação
pouco
esclarecedora,
já que
designa
a bebida
ligeiramente
doce.
-
Sec
ou Dry:
apresenta
acentuado
grau de
doçura,
apesar
do nome.
-
Demi-Sec
ou Rich:
os mais
doces.
-
Doux:
excepcionalmente
doces, não
são
mais
encontrados
atualmente
A
“terra do
champanha”
Conhecida
como a
"terra
do
champanha",
Garibaldi,
que fica a
110 Km de
Porto
Alegre/RS,
é
responsável
pela elaboração
de mais de
80% do vinho
espumante
nacional
e 60%
dos vinhos
finos
produzidos
no país.
Lá
você vai
visitar
cantinas
familiares e
vinícolas
de grande
porte. Entre
uma taça e
outra de
champanhe,
acompanhar o
processo de
elaboração
dessa
preciosa
bebida. Terá
a
oportunidade
de interagir
com
agricultores
e artesãos
e conhecer
um pouco
mais da
cultura de
Garibaldi,
cantando e
se
divertindo.
Garibaldi
oferece aos
visitantes a
Rota dos
Espumantes,
que, além
de celebrar
com o mundo
toda a magia
da bebida,
reparte com
todos a
vigorosa
cultura
expressa nas
artes da
arquitetura,
gastronomia
e música
que tão bem
acompanham
os finos
vinhos e
espumantes
que a terra
produz.
Nesta rota são
apreciados
os
espumantes
elaborados
pelos
processos
como o
champenoise
(com
fermentação
na própria
garrafa) e o
sistema
Charmat (em
grandes
recipientes),
além de
conhecer
pequenas e
grandes vinícolas,
antigas e
recém
fundadas,
empresas
familiares,
multinacionais
e
cooperativas.
O município
produz
56
milhões de
uvas,
2.943.205
litros de
champanhe e
5.892.752
litros de
filtrado.
Dicas
úteis para
se beber
champanhe
O
champanhe
está
presente em
nossos
melhores
momentos e
é
indiscutivelmente
a alma das
grandes
celebrações.
Para melhor
aprecia-lo,
recomendo,
na hora de
servi-lo,
que sejam
seguidas
algumas
regras básicas
que farão
com que você
desfrute
ainda mais
do sabor e
do aroma
desta bebida
que por
muitos é
considerada
dos deuses.
Sirva
o champanhe
em taças do
tipo tulipa
ou flautas.
Isto
aumentará a
efervescência
do champanhe
e lhe
permitirá
apreciar seu
buquê
completamente.
Antes de
servir,
coloque seu
champanhe em
um balde de
gelo por
aproximadamente
meia hora.
Você também
pode
deixa-lo no
refrigerador
durante 6 ou
7 horas, mas
nunca, de
forma
alguma,
ponha no
congelador,
isto poderia
danificar
seu sabor
delicado.
Sirva seu
champanhe
resfriado,
mas não
muito gelado
- a
temperatura
ideal é em
torno de 8°C.
É
interessante
inclinar a
garrafa
ligeiramente
ao abri-la,
para não
derramar em
cima de você,
e facilitar
na hora de
servir. Não
encha
demasiadamente
as taças -
sirva até a
metade de
modo a
permitir o
champanhe
permanecer
frio e
soltar seu
aroma
completamente.
Uma
vez aberto,
o champanhe
deve ser
conservado
por no máximo
uma semana,
antes que o
sabor se
altere.
Freezer
jamais.
Coquetéis
de Champanhe
Coquetel
de Champanhe
Clássico
Ingredientes:
Modo
de preparo:
Coloque
um cubo de açúcar
no fundo da
taça.
Queime o açúcar
com a
Angostura e
complete com
a champanhe
ou o
espumante
gelado.
Coquetel
de Champanhe
Básico
Ingredientes:
Modo
de preparo:
Coquetel
batido em
uma
coqueteleira,
com bastante
gelo. Bata o
uísque, o
suco e o
licor.
Coloque
tudo,
inclusive o
gelo no
copo.
Complete com
o champanhe
ou o
espumante.
Coquetel
de Champanhe
e Frutas
Ingredientes:
-
1
dose de
suco de
abacaxi
-
1
dose de
suco de
laranja
-
1
dose de
Mandarinetto
-
Champanhe
gelado
-
Fatia
de
laranja
para
enfeitar
Modo
de preparo:
Agite
na
coqueteleira
os sucos e o
Mandarinetto.
Complete com
champanhe e
coloque em
uma taça
apropriada.
Enfeite com
a fatia de
laranja na
borda. Sirva
gelado.
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