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CRÍTICA DE CINEMA


Bicho de 7 Cabeças

(Bicho de 7 Cabeças, Brasil, 2000)

Jorge Tadeu da Silva

Bicho de 7 Cabeças narra uma viagem ao inferno dos manicômios. Neto é um adolescente de classe média baixa, que leva uma vida normal, até o dia em que o pai o interna em um hospital para doentes mentais depois de encontrar um cigarro de maconha no bolso de seu casaco. Inicia-se uma tragédia na família.

Como todo adolescente que se preze, Neto está em busca de emoções e liberdade, sendo também rebelde, e cometendo pequenos delitos como pichar muros e usar brincos. Seus pais não entendem seu modo de viver.

A falta de entendimento leva ao emudecimento na relação dentro de casa e o medo de perder o controle sobre o filho vira o amor do avesso. No manicômio, Neto conhece uma realidade completamente absurda e desumana, onde as pessoas são devoradas por um sistema corrupto e cruel.

A linguagem de documentário, utilizada pela diretora, empresta ao filme uma forte sensação de realidade, aumentando ainda mais o impacto das emoções vividas pelo protagonista.  

“Bicho de 7 Cabeças” foi o grande vencedor do 33º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro (novembro de 2000:

Melhor Filme – Prêmio do Júri
Melhor Filme – Prêmio da Crítica
Melhor Filme – Prêmio do Público
Melhor Direção (Laís Bodanzky)
Melhor Ator (Rodrigo Santoro)
Melhor Ator Coadjuvante (Gero Camilo)
Melhor Fotografia (Hugo Kovensky)
Prêmio ANDI/Unicef - Cinema pela Infância*
Troféu Saruê do jornal Correio Braziliense para Rodrigo Santoro 

Ficha Técnica:


Bicho de 7 Cabeças, Brasil, 2000

Elenco: Rodrigo Santoro, Othon Bastos, Cássia Kiss, Jairo Mattos, Caco Ciocler, Claudia Juliana.

Gênero: Drama
Duração: 74m
Distribuidora: Columbia
Produtora: Buriti Filmes
Diretora: Laís Bodanzky
Roteirista: Luiz Bolognesi

Julho / 2001
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