A Cartomante traz triângulo
amoroso
(Brasil,
2003)
Jorge
Tadeu da Silva
O
jornalista Wagner de Assis e
o ator Pablo Uranga estréiam
no cinema dividindo a direção
de A Cartomante, que deveria
ter sido um filme de época,
inspirado no conto de
Machado de Assis, mas acabou
se transformando
simplesmente num moderno
romance carioca por questões
de orçamento.
A história
machadiana, com direito a
figurinos do século 19,
chegou a ser orçada em
quase R$ 3 milhões, mas
acabou abandonada diante da
verba curta dos produtores.
O roteiro foi totalmente
reescrito e, do conto de
Machado, ficou apenas o título
e o nome dos personagens.
Corta daqui, corta dali, o
orçamento foi encolhendo até
chegar a R$ 650 mil.
O elenco global de
atores-produtores é o
chamariz para o grande público.
O filme chega com 70 cópias
nas salas de cinema.
Na trama nem um pouco machadiana,
Rita (Deborah Secco)
trabalha num brechó e
namora o médico Vilela
(Ilya São Paulo). Eles estão
prestes a se casar quando
Rita conhece Camilo (Luigi
Baricelli), amigo de infância
de Vilela, por quem acaba se
apaixonando.
O problema, além da profunda
amizade entre os dois
amigos, é que o médico
salvou a vida de Camilo,
intoxicado por uma overdose
de ecstasy numa noitada de
embalo no apartamento de
Karen (Giovanna Antonelli).
Rita
recorre a uma cartomante e
fica sabendo que o romance
pode ter um fim trágico.
Ela relata seu drama de
consciência para a
terapeuta Antonia (Sílvia
Pfeifer), que trabalha no
mesmo hospital de seu
namorado, mas ela não
interfere em suas ações.
Rita não sabe se mantém o
casamento ou foge com o
amante. A situação começa
a se agravar com a mudança
de comportamento de Vilela,
que concorre ao cargo de
diretor do hospital e
enfrenta a resistência de
Antonia.
Ficha Técnica:
A Cartomante
(Brasil, 2003)
Elenco: Deborah Secco, Giovanna Antonelli, Mel Lisboa, Ilya
São Paulo
Diretores: Wagner de Assis e Pablo Uranga
Distribuidora: Imovision
Duração: 90 min.
Classificação: 12 anos
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