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CRÍTICA DE CINEMA


007 – Um Novo Dia para Morrer
(Die Another Day, EUA, Inglaterra, 2002)

Jorge Tadeu da Silva

Este é o vigésimo filme de James Bond que comemora os quarenta anos da série (sem contar alguns extra-oficiais como “Cassino Royale” e “007 – Nunca Mais Outra Vez”). E é a quarta aventura com Pierce Brosnan no papel do agente secreto, onde algumas homenagens são feitas aos outros filmes da série.

Desta vez, James Bond parece um pouco mais humanizado. O sempre infalível e esteticamente perfeito Bond vacila em uma missão na Coréia do Norte, vai preso, apanha um tanto e só é liberado 14 meses depois, barbudo e em farrapos que nem de longe lembram seus smokings impecáveis. Pior: pelo deslize, a chefona M revoga sua licença para matar (simbolizada pelos dois números zeros') e Bond se descobre apenas um sete renegado.

A fórmula do filme permanece inalterada. Há sempre o inimigo multimilionário disposto a conquistar o mundo com uma arma superpoderosa. O desafio de 007: desmascarar um traidor, interessado em deflagrar um guerra de proporções catastróficas. O vilão é Gustav Graves, minerador de diamantes e financiador de um satélite capaz de refletir a luz solar como um canhão de chamas.

Seguindo as pistas do megalomaníaco Gustav Graves e de seu cruel braço-direito Zao, Bond viaja até a Islândia, onde fica o covil do vilão: um palácio feito inteiramente de gelo. Lá, ele experimenta pela primeira vez o poder de uma nova arma de alta tecnologia. Tudo se encaminha para um confronto explosivo – e um desfecho inesquecível – de volta à Coréia, onde tudo começou. E, como manda a tradição, há sempre duas Bond-girls – uma delas, mortal. Bond percebe que ganhou uma contraparte feminina, a agente americana Jinx (Halle Berry), capaz de fazer quase tudo que ele faz e, de quebra, metida em um biquíni laranja (homenagem à Bond-girl Ursula Andress) e a gélida relações-públicas de Graves, Miranda Frost.

Sua aventura vai de um lado a outro do mundo, além da Coréia e Islândia, passa por Hong Kong, Cuba e Inglaterra. Há também a presença da cantora Madonna numa cena como uma instrutora de esgrima (onde não compromete), mas a música tema cantada por ela não deve agradar aos fãs da série. A mim não agradou.

As referências aos filmes anteriores

A mais óbvia é a primeira aparição de Halle Berry, que lembra a de Ursula Andress saindo do mar em “007 – Contra o Satânico Dr. No” (62).

No laboratório de Q, Bond manuseia o sapato com uma lâmina venenosa na ponta que fez parte de “Moscou Contra 007” (63).

Assim como em “007 – Contra a Chantagem Atômica” (65), Bond usa um aparelho de respiração subaquática no formato de caneta.

Outra associação óbvia é com a importância dos diamantes na trama, como em “007 – Os Diamantes São Eternos” (71). A frase “Bem, diamantes são para todos” é repetida.

O hovercraft do vilão Moon acidenta-se aqui de forma semelhante à queda do barco de Jaws nas cataratas do Iguaçu, em “007 – Contra o Foguete da Morte” (79).

Também em “007 – Marcado para Morrer” (87) o carro Aston Martin de Bond tem pregos de tração implantados nos pneus.

Bond já foi mantido preso na Coréia, em “007 – O Amanhã Nunca Morre” (97), mas o impacto biográfico foi bem menor.

Ficha Técnica:

007 – Um Novo Dia para Morrer
(Die Another Day, EUA, Inglaterra, 2002)
Elenco: Pierce Brosnan, Halle Berry, Toby Stephens, Rosamund Pike, Judi Dench, John Cleese.
Roteiristas: Neal Purvis e Robert Wade.
Diretor: Lee Tamahori
Gênero: Aventura
Duração: 132 min
Distribuidora: Fox
Produtoras: Metro-Goldwyn-Mayer e United Artists
Censura: 12 anos

Janeiro / 2003
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